Pelo Rio: World Wine Experience 2013

“Voltei para rever os amigos”! Depois de vinte dias passeando pela terra dos Maple Syrups, é claro que eu tenho um milhão de novidades e fotos para compartilhar com vocês, mas o Rio não para e, no meu primeiro dia na cidade, já aconteceu o World Wine Experience, evento que eu adoro e que foi documentado aqui no blog no ano passado. Este ano, eu não poderia deixar de ir!

World Wine Experience 2013

O tema da edição de 2013 foi a Península Ibérica, então, bons produtores de Portugal e Espanha se encontraram no subsolo do Hotel Marriot, na Praia de Copacabana. Reconheci de cara a Carm, que estava presente no ano passado e que foi uma boa surpresa para mim. A Carm foi a vinícola que levou o vinho sem sulfitos, para alérgicos incorrigíveis como eu. Nessa edição, ela repetiu a dose.

World Wine Experience 2013

Este ano, o encontro foi menor, tanto de espaço quanto de produtores. Também, pudera. Em 2012, o tema foi o Velho Mundo, então é muito difícil competir com Champagne, Châteauneuf-du-Pape, Brunello di Montalcino e outros do mesmo escalão. Na edição anterior eu fiquei apaixonada pelos italianos (e ainda mais de poder bater um papo com os produtores e matar as saudades da Bota). Mas o World Wine Experience continua sendo um “must go” para quem quer conhecer as novidades e o público estava lá para provar. Muita gente estava com crachá de “consumidor” e realmente vi muitas transações sendo feitas. Ponto para o vinho no cenário carioca!

Mas vamos à minha lista com alguns comentários:

  1. Pere Ventura Cava Tresor Brut (R$ 96)
  2. Pere Ventura Rosé Brut (R$ 96)
    As duas cavas (espumantes da Espanha) eram bem interessantes. O rosé era feito de 100% trepat, uma casta que eu não conhecia.
  3. Dinastía Vivanco Blanco (R$ 62)
    É um branco muito novo, pareceu bem alcoólico, mas fácil de beber
  4. World Wine Experience 2013Marqués de Murrieta Pazo de Barrantes Albariño (R$ 135)
    A Marqués de Murrieta, da Rioja, me pareceu a mesa mais concorrida, era até difícil de provar os vinhos, com a quantidade de gente amontoada em volta do estande e, quer um segredo? Brasileiros não são muito cordiais depois da terceira taça de vinho… Esse branco é super leve e cítrico, uma delícia.
  5. Marqués de Murrieta La Comtesse de Pazo Barrantes (R$ 268)
    Aqui já se nota um vinho mais crescido, mais pesado, mas ainda bem fácil de beber e refrescante.
  6. Marqués de Murrieta Capellania Blanco Reserva (R$ 140)
    Este vinho me intrigou porque não foi servido junto aos outros brancos, e sim em meio aos tintos e o representante a vinícola fez muita questão disso. Ao provar, entende-se o porquê. No nariz, ele lembra um vinho de sobremesa, doce e pesado. Na boca, não é doce, mas já é muito mais complexo do que os outros dois.
  7. Marqués de Murrieta Gran Reserva Limited Edition (R$ 228)
    Este vinho tem uma edição limitada somente para  Brasil. É muito, muito rico no nariz e pede carnes ou massas, muito gostoso.
  8. Marqués de Murrieta Castillho Ygay Gran Reserva especial (R$ 420)
    Este é um vinho muito mais sério, persistente e com um retrogosto muito mais acentuado que os outros. Me pareceu bem alcoólico.
  9. Marqués de Murrieta Dalmau Reserva (R$ 480)
    Mais persistente que os outros, o host definiu como “um senhor”.
  10. World Wine Experience 2013Bodegas Borsao Blanco Selección (R$ 52)
  11. Bodegas Borsao Rosado Selección (R$ 52)
  12. Bodegas Borsao Viña Borgia (R$ 42)
  13. Bodegas Borsao Berola (R$ 99)
    Foi o primeiro dessa vinícola que realmente me chamou a atenção. Deve combinar muito bem com carnes apimentadas, é um outro patamar de vinho em relação aos rótulos de entrada da casa no evento.
  14. Bodegas Borsao Tres Picos (R$ 154)
    Também é muito diferente. Tem 15% de álcool, mas não parece tão alcoólico assim. Ainda tem cor de um vinho jovem, mas já era um 2008. Muito forte no nariz e com ótima persistência.
  15. Bodegas Mas Alta Cirerets (R$ 236)
  16. Bodegas Mas Alta (R$ 632)
    Os dois vinhos dessa casa são muito gostosos, mas não fiz nenhuma anotação específica a respeito.
  17. Bodegas y Viñedos Luna Beberide Godello LB (R$ 84)
    Um branco perfeito para o verão, bem refrescante e fácil de beber. Um consumidor que provava na hora classificou como “vinho de beira de piscina”.
  18. Bodegas y Viñedos Luna Beberide Mencía LB (R$ 65)
  19. Bodegas y Viñedos Luna Beberide Finca La Cuesta (R$ 104)
  20. Art… (R$ 236)
    Os três últimos têm o mesmo corte de uvas e safras, a única diferença é que o primeiro não passa por barricas, o segundo fica 12 meses em barricas de carvalho francesas e, o terceiro, 18 meses. É legal ver como eles crescem com o tempo no carvalho.
  21. Bodegas y Viñedos Valderiz (R$ 178)
    O Valderiz foi um dos destaques da coluna do Luiz Horta no Estadão sobre o World Wine Experience de São Paulo. A página estava lá pendurada no estande e, realmente, o vinho não decepciona. Tem 14,5% do álcool, mas não se nota. É muito elegante.
  22. World Wine Experience 2013Bodegas y Viñedos Valderiz Juegabolos (R$ 286)
  23. Bodegas y Viñedos Ponce Pino (R$ 212)
    É feito a partir da uva autóctone Bobal. Bastante tânico e interessante.
  24. Carm Rosé (R$ 67)
    É gostoso, mas não é o melhor da marca, acho um pouco doce para o meu gosto, prefiro os roses com um pouco mais de frescor e acidez.
  25. Carm CM Reserva (R$ 300)
    Como eu já estava na segunda dezena de vinhos provados e já conhecia a carta da Carm, pulei para o CM Reserva, um grande, grande vinho!
  26. Herdade do Rocim Olho de Mocho Rosé (R$ 95)
    Este rosé, sim, me chamou mais a atenção. Cheio de frutas vermelhas, mas ainda leve e refrescante.
  27. Herdade do Rocim Mariana Tinto (R$ 59)
  28. Herdade do Rocim Olho de Mocho Reserva Tinto (R$ 198)
    Pedi para provar um vinho de entrada e um dos grandes da casa. O de entrada, Mariana, era bem simples e saboroso. O Rocim Grande Reserva DOC havia apenas terminado, por isso, provei o Olho de Mocho, que já se mostrou bem mais tânico e crescido que o Mariana.

Rio de eventos!

Fico sempre contente de ir a eventos como o da World Wine, porque vejo o crescimento das “boas bebidas” junto ao público carioca. Não estou desmerecendo nenhum estilo de bebida alcoólica, estou me referindo realmente à qualidade de cada uma. Muito mais legal experimentar uma garrafa de cerveja artesanal ou de um bom vinho do que sustentar a fama de que brasileiro bebe em quantidade e para matar a sede, como parece mostrar as propagandas de alcoólicos na televisão.

Falando nisso, o calendário para quem gosta de eventos etílicos de qualidade está repleto para este ano, já notaram?

Aguardo vocês lá!

Written by

Leave a Reply