Ontem eu postei sobre a aula da Cordon Bleu ignorando completamente a ordem cronológica da viagem. Isso porque era mais importante que o resto. Hoje eu falo sobre o que aconteceu (de comida, claro) no mesmo dia, quarta-feira, 6 de abril, na hora do almoço. Estava sozinha novamente nesse dia, já que a minha aula acabou e eu não encontrei nem conhecido e nem ia me infiltrar no grupo de italianos da minha sala, que não são tão amigáveis quanto italianos costumam ser. Quando isso acontece, eu recorro à minha lista de restaurantes para visitar, que eu peguei de blogs, livros, guias etc.
Como eu tenho passe livre no metrô (Passe Navigo, não deixem de comprar caso fiquem uma semana ou mais), não importa muito onde eles fiquem. Peguei a minha lista e fui para a estação Louvre-Rivoli, onde eu tinha algumas recomendações. O Café L’Imprimerie eu descobri no livro “Bistrôs Paris”, de Alex Herzog, que eu comprei de última hora no aeroporto do Rio. Super colorido e informativo, depois eu posto só sobre ele. Fui com a esperança de encontrar a “Palette de Saumon” (“tábua com dois tipos de salmão, defumado e marinado, pasta de saumão, blinis e caviar”, por 15,90 euros), mas não encontrei.
A região onde esse restaurante fica, entre o Louvre e Les Halles, é uma graça. Tem vários restaurantezinhos, lojinhas, ruas de pedestres, uma fofura. A varanda estava cheia quando eu cheguei, por isso entrei e sentei na janela.
Como não tinha a entrada sugerida pelo livro, fui atrás das “formules“, que não estavam no cardápio, mas em um quadro negro na minha frente. Sempre procurem as formules (que podem ser “entrada + prato principal” ou “prato principal + sobremesa” por um preço menor, ou ainda “entrada + prato principal + sobremesa”, por um preço maior, mas ainda assim bem acessível). Elas costumam estar na porta do restaurante, ou em quadros como esse.
Escolhi a entrada de tomate e muçarela (sim, tá certo) e o prato principal era filé de alguma coisa com molho de laranja e um flan de arroz com aspargos. Juro que não entendi o “alguma coisa”. Mas achei muito difícil que fosse cobra, barata, crocodilo ou algo do tipo. Contanto que fosse carne, peixe, frango, coelho, ovelha, veado, ou até cavalo, estava valendo e, quando eu vi, já tinha pedido antes de perguntar o que era.
Essa formule saía por 15,90. Pedi uma taça de vinho para não perder o costume. Nos bistrôs de Paris, é comum o garçom já trazer uma garrafa de água assim que você senta. É água da torneira, totalmente potável e grátis, assim ninguém precisa se preocupar com água.
A salada de tomate com muçarela era exatamente o que o nome diz. Com um pouquinho de pesto e tal. Uma entrada super leve, mas bem gostosa.
Mas o prato, minha gente. O prato. Sabe quando você come alguma coisa e tem vontade de sorrir no restaurante e fica com vergonha das outras pessoas perceberem que você está sorrindo para a comida? Ok, pode não acontecer com todo mundo, eu entendo, ainda assim, esse prato era um espetáculo! Ah! Faltou dizer que o tal nome que eu não consegui ler era um peixe. Com um molho cremoso de laranja e (com certeza, Julia Child, com certeza) manteiga!
Não tive sorte com todas as indicações do livro, como vocês vão saber em breve, mas essa realmente foi uma boa. Comida honesta em um lugar fofíssimo e, mais uma vez, a conta dá menos de 20 euros por pessoa, que é o que você vai encontrar por lá com comida de verdade, e não snacks pela rua.
Saindo de lá eu fui (tropecei) para Les Halles onde eu achei as melhores lojas de culinária ever! Mas é assunto para o próximo post!
Eu teria me ferrado!!!! Odeio peixe! Aqui, garçons em Paris não pedem gorjeta? Não tem 10%, couvert artístico etc? Kkk
Hahahahahahahahaha….. eu também sorrio. Mas já te disse, eu sou mais uma pessoa de sobremesas. É mais fácil sorrir pra um mousse de chocolate do que pra um bife acebolado (por mais que ele seja parisiense).
As fotos… os textos… tudo no Raiz tá com ares de primavera a tarde em um bistrô! literalmente! daí que nos leva até Paris… ficaremos deprimidos quando voltar do velho mundo… passo sempre pelo Raiz ele é de um bom gosto que vai do rústico ao refinado em instantes! Bravo!
Eu tô gurdando tudo… pensa o quê?
“Mec”
Esse peixe estava querendo ser comido por mim. Este lugar me lembra que não estive em Paris e não comi esta comida e estou morrendo de inveja.
bjs
papai