Comi igual uma porca na Páscoa. Não sei porque alguém inventou que durante “a vida” a gente tem que comer moderadamente e durante os feriados a gente tem que se entupir como se não houvesse amanhã. Acordei com 200kg e não coube na blusa que eu comprei na semana passada! (é sério, gente… triste e muito sério). Uma das causadoras tem nome e sobrenome: patatas bravas. Já tinha feito antes e repeti este fim de semana, adicionando aji vermelho. Fica maravilhoso, gente. Mas é batata, né? Batata é um potinho maravilhoso de carboidrato (?) que faz com que suas roupas não caibam mais em você. Mas daqui a cinco dias tem fim de semana. E no fim de semana pode!
Tenho nervoso quando lembro que eu tenho um livro de receitas super legal do qual eu não testei nenhuma receita. Outro dia eu precisava de um acompanhamento para uma carne e fiquei de olho no meu livro “Tapas”, só de petiscos e acompanhamentos, que eu trouxe do Chile e nunca tinha testado nada. Essas “Patatas bravas” já tinham me chamado a atenção antes, mas sempre achei que não seriam bem aceitas lá em casa. Como o pessoal se empolgou, resolvi não perder tempo e fazê-las logo. Ficaram divinas! Me lembraram a comida de Portugal, com aquela piscina de azeite quente onde as comidas bóiam livremente para a nossa felicidade.
Claro, eu sempre faço umas modificações, mas a essência das patatas bravas é a mesma e foram super aprovadas!
Para quatro pessoas eu usei:
- quatro batatas grandes com casca (e limpas!)
- (muito) azeite
- algumas azeitonas
- orégano
- pimenta calabresa
- pimenta-do-reino moída
- sal
- duas folhas de louro
- um dente de alho grande
Unte uma forma antiaderente (não precisa ser perfeccionista, é só jogar um azeite nela) e jogue pedaços de tamanhos parecidos de batatas com casca. Tempere com sal e pimenta e leve ao forno (na prateleira de cima, para dourar). Essa parte demora um pouco, principalmente se o seu forno for lerdo igual o meu. Em uma frigideira alta, coloque azeite (um dedo, como na foto, já foi suficiente – lembre-se de que é lindo se as batatas nadarem no azeite) e todos os outros ingredientes. Esquente esse azeite até ele querer pipocar, para que os temperos soltem os aromas.
Quando a batata estiver pronta (teste com um garfo!), leve os pedacinhos ao pote onde você vai servi-las e regue com esse azeite. Não precisa coar ou tirar as folhas de louro, nem nada disso, ela é linda porque é rústica. Se as batatas demorarem demais, pode valer a pena esquentar novamente o azeite antes de servir. Corrija o sal.
O que eu mudei nessa receita foi, principalmente, o modo de fazer as batatas, que, na receita original, eram fritas. Para o pique baleia ser um pouco menor, preferi fazê-las no forno, mas você vai ver que fica bem parecido com batatas fritas (eu acho ainda melhor). Além disso, o azeite original levava só pimentas, mas eu gostei de temperar com várias coisinhas e ficou mara!
Have fun!