World Wine Experience @ Fogo de Chão

World Wine Experience

Ontem foi a vez do Rio de Janeiro de entrar na onda do World Wine Experience, uma grande exposição e degustação de vinhos de produtores de diferentes países. Como agora eu voltei para a sala de aula, frequentando os cursos da ABS-Rio, o encontro todo fez bem mais sentido que o último que eu participei, no Real Astoria – que foi ótimo, mas faltava bagagem para eu entender o que se passava. Dessa vez eu entrei em contato com a assessora do evento, que foi super simpática e liberou a entrada do blog para contar para vocês o que acontece nessas feiras, então vamos lá.
World Wine Experience
Para começar, logo de cara dava para perceber que o evento tinha um porte muito maior que o anterior. Provavelmente por ter acontecido em várias cidades, a organização foi impecável e eu fico feliz que o Rio tenha passado a fazer parte desse tipo de agenda, saindo do eixo São Paulo – Belo Horizonte ou São Paulo – Região Sul. Ou simplesmente São Paulo, para variar. Ao entrar, eu recebi logo um bloquinho com todos os vinhos apresentados no evento divididos por estandes e, no final, umas folhas para destacar e fazer o pedido diretamente ao produtor.

Como eu sou super CDF com algumas coisas, eu já fui com uma listinha de vinhos que eu não podia perder, depois de uma pesquisa nos sites de todos os produtores. Por exemplo: vai saber quando eu vou provar um Brunello di Montalcino? Ou um Barbaresco? Ou um champagne de verdade? Ou um Châteauneuf-du-pape? Então eu fui com a minha listinha de “Can’t miss”.

Dessa vez eu não vou colocar a lista de todos os vinhos provados, porque, né? Melhor não.

Mas vou falar dos melhores momentos. Muitos dos próprios produtores estavam no evento, ou pelo menos representantes das empresas, e, por isso, deu para treinar o italiano, o francês, o inglês, e ainda deixar todos eles felizes de não terem que arranhar um portunhol. Só o alemão que não teve jeito, teve que ser em inglês e mesmo assim quase pedi que ele tirasse a batata da boca. Então vamos a alguns queridões:

  • O primeiro estande que eu conheci foi do Donnafugata, que tinha um atendente italiano super simpático que se empolgou muito quando começou a falar na língua dele comigo. Os rótulos da Donnafugata são idealizados pela dona da empresa e depois feitos digitalmente para ilustrar as garrafas, e são lindíssimas. Os vinhos são muito frescos, combinando bastante com o calor monstro de ontem. A mais bonita era a Lighea (R$ 93), um branco feito da uva Moscato d’Alessandria. Com a mesma uva eles fazem um vinho de sobremesa muito muito doce, chamado Ben Ryé, mas aí foi doce demais para mim.
  • World Wine ExperienceLogo ao lado era o estande da Feudi de San Gregorio, onde eu queria provar um Aglianico. Como o atendente era amigo do outro e já estava na conversa também, me apresentou logo o melhor Aglianico do estande, o Serpico IGT 2003 (R$ 367).
  •  No estande da Castello Banfi, da Toscana (foto ao lado), também fomos muito bem atendidos pela Lorella Carresi, RP da vinícola. Eu queria provar um Brunello di Montalcino, mas ela fez um tour para mostrar do menor para o grande Brunello. Nesse, a gente passou pelo Rosso di Montalcino DOC 2009 (R$ 128) e pelo Belnero IGT 2008 (R$ 136) até chegar no Brunello di Montalcino DOCG (R$ 273). Este último é feito em barris de carvalho com topo e base de aço. Assim, ele tem as características do carvalho, mas também a vantagem de poder controlar a temperatura do mosto pelo resfriamento do aço.
  • A Alemanha é conhecida por seus vinhos brancos feitos da uva Riesling. O primeiro vinho que a gente provou na Clemens Busch era bem refrescante, muito parecido com o que a gente está acostumado de Riesling. Conforme as garrafas iam passando, os vinhos eram cada vez mais doces, até chegar nos dois últimos: Riesling Auslese Vom Roten Schiefer 2006 (R$ 256) e Riesling Auslese Falkenlay 2006, que são feitos a partir de uvas atingidas pela chamada “podridão nobre“. A podridão nobre é uma doença causada pelo fungo Botrytis cinerea que pode arruinar ou adocicar uma uva, dependendo do cultivo. Esses vinhos são muito muito doces e harmonizam com sobremesas. Não sou fã de vinhos doces, mas achei super interessante, já que nunca tinha visto um vinho feito de podridão nobre.
  • World Wine ExperienceEu adoro os vinhos do Rhône. Adoro como o aroma deles é mega forte e como eles são mega levinhos. Mas nunca tinha provado um Châteauneuf-du-Pape, que são os vinhos feitos nessa região. Fui ao estande só pensando no Château e valeu muitíssimo a pena. Foi o Châteauneuf-du-Pape 2008 (R$ 516). O responsável pelo estande estava sendo bombardeado de perguntas por um grupo de um restaurante, então não me deu muita atenção. Provei meu Château e pronto (Foto ao lado).
  • A Carm era um estande português com um atendente português muito simpático. Ele me mostrou os principais vinhos e os dois tops, um por ser realmente divino – o Carm CM Reserva 2007 (R$ 247) – e o outro por uma característica “tendência”: ele não continha sulfitos, que geralmente são adicionados ao vinho e ao qual algumas pessoas desenvolvem alergias – era o Carm SO2 Free 2010 (R$ 104).
  • World Wine ExperienceO Billecart-Salmon (Foto ao lado) já estava na minha lista de “Can’t miss” por um motivo básico: eu precisava provar um champagne de champagne. Tenho certeza que eu já provei, mas não me lembro quando e onde, então eu precisava dessa referência. Foram os Billecart-Salmon Brut Reservé (R$ 260) e o Billecart-Salmon Brut Rosé (R$ 398). Sou suspeita para falar: acho que champagne rosé é tão lindo que já ganha dos outros em disparada. Esse rosé tinha uma cor muito levinha, mas era ótimo e continuei gostando mais dele que do Brut Reservé.

Então foi isso, gente! Para completar, tinha uma mesa de frios muito boa e a vista que vocês vão ver no final do post. Só achei um pouco escuro. Quando a luz natural acabou, foi meio difícil ver os rótulos – fotografar, então, nem se fala. Deixei para tirar as fotos mais para o final do evento e me dei mal: o flash tosco da câmera rebatia nas garrafas e sem flash era impossível. O jeito foi apelar para o telefone.

No geral, a World Wine Experience foi muito bem organizada, o local (a churrascaria Fogo de Chão, na Praia de Botafogo) foi uma ótima escolha e os produtores estavam bem preparados. A pluralidade de idiomas foi uma diversão à parte. Até o próximo evento enogastronômico! 😉

Para mais fotos, não deixe de conferir o Flickr!

World Wine Experience

Written by

1 comment / Add your comment below

  1. Carol,
    Muito legal essa feira! Eu tb sou fã de vinhos e quando morava no Rio também era da ABS, é muito legal e eles sempre fazem umas degustações super interessantes com preços ótimos!
    Adorei ver a Banfi no seu post e impressionante os preços que cobram aqui no Brasil por causa dos impostos (que ainda por cima ainda querem aumentar ainda mais). Estive na vinícola deles mês passado e por lá o Brunello sai a uns 35 Euros. Impressionante a diferença!
    Se tiver interesse depois dá uma olhada em como é maravilhosa a vinícola: http://www.yeswecooking.com/2012/04/brunello-di-montalcino-o-vinho-e.html
    Deve ter sido mesmo uma delícia essa feira hein? Beijos, Cecilia

Leave a Reply