Pelo Rio: Mondial de la Bière

Estou atrasada, muito atrasada – mais atrasada que o coelho da Alice! Tem um monte de post se acumulando e não consigo terminar nenhum! Aaaaaahhhh!

Passado o momento de desespero, me desculpo desde já com a demora com este post! A intenção era colocar no mesmo dia, para ajudar quem ainda fosse aproveitar o evento durante o fim de semana, mas… Oh, well…

Quem é que dá copo de vidro e sem asa para um bando de bebum? Achei que eu fosse quebrar isso na hora que eu recebi!

Como eu já falei em outros posts, o Rio está bombando de eventos eno-etílico-gastronômicos (gostaram? Sou adepta do neologismo, Teodoras!). O Mondial de La Bière foi mais um dessa lista lindona. Primeiro, estava marcado para o Centro Cultural Ação da Cidadania, na Saúde, aqui no Rio. Depois, por algum motivo (o quebra-quebra da Zona Portuária, imagino), foi transferido para a Praça XV, no Terreirão do Samba. Bem melhor, com metrô do lado.

A primeira coisa que eu pensei ao chegar no evento e receber o meu release e o meu copinho fofo foi: “Who the hell entrega copos de vidro em um evento etílico!?”. Óbvio que vários foram ao chão e, como bons brasileiros, todos eles ganharam uma salva de palmas e gritos da torcida campeã. A gente sabe comemorar, não importa o quê.

Sexta-feira, 15, foi um dia de calor descomunal no Rio de Janeiro e não tem como dizer que o Terreirão do Samba tenha aguentado a temperatura. Eu cheguei cedo, mas mesmo assim aquilo virou um forninho. Bom para os vendedores, já que era impossível passar cinco minutos lá sem um copo na mão! Por outro lado, gostei do jeito que colocaram os estandes, o que diminuiu um pouco a confusão que o Beer Experience causou no horário de pico, que virou um imenso corredor. O lado de fora também era uma ótima pedida para quem estava derretendo e as filas para comprar fichas eram tranquilíssimas.
Mondial de la Bière
Quem foi ao evento vai provavelmente reclamar da oferta de cervejas. Não da qualidade ou quantidade, mas do repertório. O evento veio direto de Montreal, no Canadá, e, por isso, a gente esperava mais nomes internacionais e mais rótulos diferentes do que a gente encontra nos supermercados. A Unibroue, claro, era a queridona que ficou faltando. Ainda assim, se você pensar bem, no evento canadense também não se encontra nada diferente dos supermercados. Só que os deles. E isso é a maior diferença.

Para quem quis provar rótulos diferentes sem se comprometer tanto com uma garrafa ou um six-pack, foi um ótimo evento. Todas juntinhas esperando para degustação.

Algumas considerações:

  • “Hands up” para os estandes da Bohemia e da St. Gallen. Ambos muito bonitos. A Bohemia aproveitou para fazer um grande merchan para a fábrica de Petrópolis (que realmente vale a visita) e ainda conquistou os clientes com cervas a R$2, perfeito para quem precisou gastar aquelas últimas fichas no bolso antes de ir para casa;
  • A Biritis cobra pelas “bolachis”. Mussum não perdoaria essa;
  • Era impossível escutar os bate-papos abertos. O som simplesmente não chegava ao público e virou um enorme burburinho;
  • Um expositor acabou com todas as cervejas (embora fossem só dois rótulos disponíveis) na sexta-feira. E para sempre;
  • R$50 um copinho de Deus? Nem o salvador em pessoa!;
  • Achei divertidíssimo encontrar gente que não sabia o que estava fazendo ali. Um homem foi à Colorado e pediu um chope. “Qual estilo?”, perguntou a atendente. “Não sei, dá um chope qualquer aí!”. Um dia a cultura cervejeira cresce por aqui também;
  • Infelizmente, não me lembrei de conferir os banheiros (alguém foi e me conta?). Porque acho que evento etílico (principalmente de cerveja!) precisa de banheiros impecáveis.

E, agora, a minha lista de degustações!

  • Mondial de la BièreBiritis – A tal cerveja do filho Mussum é uma vienna muito gostosa, mas um pouco cara;
  • St. Gallen Weiss – Já falei que trigo é o meu estilo preferido?;
  • Noi Weiss – Outra vez o trigo, dessa vez de uma cervejaria que me agrada bastante e tem preços mais pé n chão;
  • Bodebrown Rye Pale Ale – Essa cerveja de centeio da Bode é interessantíssima!;
  • Coruja Extra – A Coruja já era minha conhecida. Gosto sempre;
  • Colorado Titãs – A Colorado, outra casa que me agrada, entrou na moda das cervejas de bandas e criou uma para os Titãs. Com laranja e bem saborosa;
  • Wals Saison – Saison também está entre os meus estilos preferidos e a Wals é lindona, apesar de eu não curtir a Petroleum deles.

 

Para completar, lamento que os ingressos para esse tipo de evento ainda sejam caros, mas tem que começar de alguma forma. O produto ainda é caro por aqui, porque a fabricação é cara e tudo mais. Vira uma bola de neve. Sem contar que muita gente ainda não está familiarizada e vai pelo oba-oba. Ainda tenho fé que a gente vai chegar perto dos eventos da terra mãe do Mondial (já falei sobre eles aqui). Aliás, para quem perdeu, tem mais Mondial de la Bière no ano que vem!

 

P.S.: A blogueira aqui foi credenciada pela assessoria de imprensa do evento (Obrigada, pessoal!) e, por isso, não pagou a entrada, mas caiu dentro da consumação.

 

Mondial de La Bière
Site: http://mondialdelabiererio.com/
Data: de 14 a 17 de novembro

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2 comments / Add your comment below

  1. Então eu falo da parte do banheiro! O Terreirão já tem uma estrutura de banheiros própria, bem organizadinho. Não tinha fila.
    Eu realmente fiquei um pouco decepcionada com a diversidade de rótulos. Tava esperando alguns internacionais diferentes, que a gente não encontra aqui. Tenho visto em mercados uma variedade bem interessante, mas nem perto do que tem lá fora, e por ser um Mondial fiquei nessa expectativa…

  2. Talvez vc não goste muito da Petroleum por não ser uma receita da Wals e sim da Dum, que fez um acordo pra lançar a cerva pela cervejaria mineira. De resto, acho que você resumiu bem o evento. 😉

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