Paris: Atelier des Chefs

Gente, eu tive a minha aulinha de macaron na última segunda-feira!! Não é lindo? Foi no Atelier des Chefs, que é bem “comercialzinho”, no estilo Cordon Bleu, mas com turmas pequenas, como no Événements Culinaires, então fica em algum lugar aí no meio. A reserva, assim como os outros, foi feita pela internet, mas o pagamento tinha que ser feito no local (serve cartão de crédito!). Ao chegar lá, todos esperam em uma sala com uma mesona cercada por livros, revitas e produtinhos de comida, tudo à venda, claro. Várias novidades fofas e até um maçarico por um preço bom (mas eu já gastei tanto dinheiro com coisas de cozinha que me controlei no maçarico).

Na frente dessa sala fica a cozinha, com quatro balcões vazios e um balcão maior com forno, pia etc. As receitas serão (aguardando) enviadas pela internet, para não atrasar a aula, então o que a gente faz lá é só a técnica. Fizemos quatro macarons diferentes (citron, framboesa, maracujá com chocolate e pistache). Cada um com um tipo de recheio diferente.

Já comecei muito bem:

Primeiro o chef explicou como misturava a massa e como não podia misturar nem muito nem pouco. Falou: “é um pouco mais que isso, quem quer continuar”. Todas empurraram para mim. Fiquei lá batendo a massa feliz enquanto ele ia ver o outro balcão. Pensei que já estava bom, mas minhas companheiras de balcão insistiram que era para eu bater um pouco mais. Até que o chef voltou e disse: “passou do ponto”. “Oi? como volta o ponto?”. “Não volta o ponto, já era”. E saiu de perto. Fiquei com aquela cara de felicidade.

Mas no fim ele acabou usando a nossa massa mesmo, que ficou um pouquinho mais líquida do que deveria (sinceramente, nem eu nem as minhas coleguinhas conseguimos notar a mínima diferença entre as duas), mas que acabou virando macaron do mesmo jeito no final!

Acabou que não foi nada impossível, mas estou preparada para as 365 vezes que podem dar errado quando se tenta fazer em casa. Acho que o problema está nas casas. Na minha eu sei que o pior vai ser o forno. O nosso forno tem aquelas temperaturas escritas por mera convenção, já que ele trabalha com “muito baixo”, “baixo” e “mais baixo do que você gostaria”, além de só esquentar na frente. Além, é claro, de ainda não ter visto nem uma farinha de amêndoas para vender por lá (perto de casa no Rio, porque em Macaé vão rir da minha cara, se eu perguntar no mercado).

Enquanto a minha comida Cordon Bleu não encheu os olhos de ninguém na minha casa francesa, os macarons, por outro lado, encantaram a minha hostess. Franceses realmente gostam de açúcar.

Saindo da aula eu tive que comprar o livro da escola! “Les cours de cuisine de l’Atelier des Chefs” é lindo, tem os conteúdos da aula (com códigos QR-code para ver os vídeos na internet!) em etapas e… enorme. Pelo menos para a minha mala que já tem mais livro que roupa. Fato que esse vem na minha mão no avião (será que deixam? pretendo não pagar excesso de bagagem!).

Quanto aos outros livros comprados: tem um de macarons, um de mini madeleines (que vem com forminhas de silicone para fazer madeleines!) e um de verrines. Tentei comprar os menores, mas livros de cozinha pesam muito!

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