Fiquei sabendo na semana passada que a Nigella Lawson, musa inspiradora das comilonas sem culpa e das cozinheiras assaltantes noturnas de geladeira, estaria no Brasil. O meu amigo cervejeiro Giuliano me matou de inveja dizendo que ela ia na Abril dar uma palestra. No sábado, morri quando o namorado-ohnhonho me disse que ela estava na Barra da Tijuca, aquele “município” que se diz próximo ao Rio de Janeiro (mas que leva mais tempo para chegar que Petrópolis). Depois, que ela estaria no Leblon! Opa! Melhorou a história, né? Agora era só matar mais uma aula de francês (que, para quem já faltou quase 50%, não é nada), sair correndo do trabalho, descobrir como raios se faz para chegar de carro no Leblon (eu sou nova nessa vida de motorista, lembram?), aguentar umas três horas e meia em pé, e voilà! Na cozinha, digo, na Travessa com a Nigella!
E lá fui eu para o meu longo dia.
Cheguei antes de quase todo mundo. Comprei o livro com antecedência (por R$99,90, em vez dos R$79,90 da Saraiva, sou obrigada a dizer), passeei pelo shopping e voltei, já que as senhas começaram a ser distribuídas às 17h, com pontualidade britânica. Aliás, ela também chegou exatamente às 19h, como marcado. E eu, que quase não sou desesperada, fiquei em… primeiríssimo lugar na fila. Não tinha a menor chance de ficar sem autógrafo. Ainda tínhamos duas horas de espera na fila antes que ela chegasse, então inaugurei o chão (eu é que não ia passar duas horas em pé). Ouvi várias histórias na fila, conheci um monte de gente, fiz merchan e fui fotografada pro Globo (primeira da fila, lembram? – Procurem por mim no Gente Boa de sexta). Ah sim! E não podia parar para tirar foto com as nossas pobres câmeras (no meu caso, o celular, porque eu saí correndo de casa), tinha que esperar o fotógrafo profissa dela que vai colocar as fotos na internet depois. Por isso, perdoem meus singelos cliques de iPhone!
Depois de duas horas de espera, dois minutinhos de Nigella, mas muito recompensados.
Para quem não se familiarizou ainda, a Nigella é a apresentadora de TV (não, não me venham chamar de “chef”, porque ela não trabalha em um restaurante, ela é, sim, jornalista!) que mais me convence de que ela ama comer. As gordurinhas não negam, assim como no final do programa dela, eu aposto que a Nigella assalta a geladeira de madrugada. Ninguém encontraria tantos adjetivos diferentes para um prato de comida. Embora eu tenha ouvido algumas pessoas dizerem que é exagero, acho que quem realmente gosta de comer, comer bem e comer muito, vai concordar que poucas coisas superam aquele prato lindo, feito do jeito certo, com os ingredientes certos na hora em que você está com fome. As comidas da Nigella não são feitas para serem saudáveis e mudarem o cardápio da escola dos seus filhos (tipo o Jamie), nem têm o “Hup” do Anquier, nem têm a tensão do Ramsay, só têm aquele “P*t@quipar*iu, vou comer essa forma de bolo inteira e passar mal três dias e vai valer muito a pena!”. Entendeu?
E alguém me explica como alguém come aquilo tudo e tem uma pele dessas? Porque com metade dessa comilança eu já acordo com três espinhas na cara! E não adianta me dizer que ela só come na frente das câmeras que é bem visível que não!
Enfim, agora eu tenho um livro lindo e enorme na minha estante, autografado pela musa das amantes da comida gostosa, morram de inveja (Mmmmuahaha).
Ah! E para as coleguinhas de fila que curtiram o vinho branco servido na Travessa, fica a dica do rótulo. Não, eu não sou tão ninja a ponto de adivinhar vinho que eu não tomei – eu vi a garrafa assim que eu cheguei. Quer outra dica? Esse aí eu não conheço, mas o rosé deles é uma delícia e super honesto!
Essa aí do lado sou eu tietando, mas bem pouquinho, porque eu fiquei com vergonha, com tanta gente em volta de mim. Só cumprimentei, tirei foto e saí dos holofotes, que meu lugar é do lado de trás do bloquinho. Ou da câmera. Ou do fogão.
Ah (2)! E quando colocarem as fotos oficiais dos autógrafos no site do Grupo Record eu posto aqui! Aguardem e confiem, Nigelíssimos. 😉
Curti MUITOOO! boa Carol lml!
Le Mec