Como congelar temperos (e um bônus!)

Todo mundo já viveu essa cena. Início de mês, você pega o seu ticket alimentação (ou o seu suado dinheirinho), vai para o Hortifruti, afinal, é segunda-feira, dia da dieta, e você quer comprar tudo limpo, lindo e orgânico. Aí faz a aquela compra maravilhosa de legumes, verduras e temperos verdinhos! Nem se tocou que aquilo é mais do que a sua família come em uma semana e que essas coisas “vivas” normalmente não duram muito mais que uma semana.

Na semana seguinte, o alecrim ficou preto, o louro ficou seco, a salsinha murchou, a cebolinha ficou gosmenta e você ficou triste, porque seu rico dinheirinho foi para o ralo, junto com um monte de plantinha que morreu em vão.

A boa notícia é que você tem três jeitos de resolver esse problema. A segunda boa notícia é que esses três jeitos não são excludentes – você pode usar todos eles! Não tem nenhuma má notícia (êeeee!).

  1. Minha hortinha – tema para o próximo post

    Fazer compras semanais menores.
    Eu sei que é chato, mas frutas e legumes não vão estragar mais devagar só porque você não quer voltar no mercado. Não adianta comprar 20 porções de frutas se você só come uma por dia. Fazer 4 compras menores no mês vai sair mais barato do que uma compra gigante, porque você vai ter que voltar ao mercado depois que morrer tudo. Ou comer delivery. Ou comer fora. E isso tudo é mais caro que fazer quatro compras pequenas planejando o que vai comer na semana.
    Para isso serve esse menu semanal lindão que eu coloquei disponível para download aqui no blog.

  2. Plantar seus próprios temperos.
    Embora a minha experiência diga que é difícil manter plantas vivas, eu estou mantendo um cachorro, que é maior e mais louco, vivo e feliz. Tem gente que mantém até mini humanos! Por isso, tenho a esperança de que matar plantas tenha sido só uma fase passageira na minha vida. Vou postar os meus progressos aos poucos. A vantagem é que, plantados, os temperinhos duram muito mais tempo, você só precisa podar de vez em quando e não tem pressa para usar.
  3. Congelar seus temperos.
    Por que ninguém nunca te disse que tem um monte de coisa que pode ser congelada e que você não congela? Não sei. Mas tem. E é para chegar aqui que eu escrevi esse monte de coisa. Vamos lá:

Tem um monte de “tompero” que pode ser congelado. Aos poucos eu estou testando eles, um a um. A intenção é não jogar 2/3 do ramo de alecrim fora todo mês só porque você não quer encher a cara de alecrim todo santo dia e porque ninguém vende um galhinho só.

Por isso, assim que eu chego “da feira”, separo o que vai ser usado na semana e congelo o resto. Por resto, entendam:

Alecrim

Lavo os galhinhos que eu não vou usar, coloco dentro de um pote e vai direto para o congelador. Depois é só você tirar o quanto quiser uma meia horinha antes de usar, ou seja, quando estiver começando a fazer a comida, certo? No caso de um caldo, um ensopadinho, uma panelona, é só jogar lá dentro congelado mesmo, que o caldo quentinho faz o trabalho.

Salsinha

Sinceramente, esse aqui eu nem deixo nada do lado de fora do congelador, a não ser que vá cozinhar naquele dia mesmo. O resto é imediatamente triturado no processador ou cortado na faca e já vai direto para um potinho fechado no congelador. Quando você abrir o potinho congelado, vai parecer um”unido venceremos”, mas é só pegar um garfo e raspar as salsinhas que elas saem. Até a comida do cachorro é temperada assim, às vezes (Sim, ela é mimada).

Salsinha congelada picada – para “desgrudar” é só raspar com um garfo – percebam como a Aurora já achou que era para ela

Cebolinha

Segue o mesmo modo da salsinha. Lavar, cortar, armazenar. Depois é só pegar o que você precisa. Acabou a vida de cebolinha gosmenta na geladeira e ocupando metade da prateleira.

Um ramo inteiro de cebolinha cortado para congelar

Louro

Confesso que esse eu ainda não testei nas receitas, mas já vi que é possível e funciona. Os meus já estão no congelador para serem testados e eu conto assim que descongelar algum. O pulo do gato, pelo que eu li, é lavar e deixar secar as folhas antes (é para secar a água, não deixar secar até ele ficar escuro, dã). Se tem um tempero que eu uso aos montes nessa casa é louro e ele é muito melhor verdinho do que seco.

Folhas de louro lavadas e secando no papel toalha para congelar

Bônus!

Como eu sou muito legal com vocês, eu ainda tenho dois temperos bônus. Esses dois eu não congelo, mas resfrio. Ou melhor, já deixo preparadinho para cozinhar. É o alho e a cebola.

“Poxa, Carol, mas isso aí todo mundo resfria”. Tá, mas eu corto tudinho e deixo pronto para refogar. Como?

Fácil, fácil. Quer dizer. Demorado, mas fácil.

Eu compro uma cabeça de alho e pico ela inteira assim que chegar em casa. Aí é só colocar em um pote de vidro e cobrir com azeite. A mesma coisa com a cebola. Assim, na hora de refogar o seu arroz com feijão de todo dia, não precisa gastar tempo com isso, é só abrir o potinho e pegar com uma colher. Nem precisa de mais azeite para refogar. É como aqueles alhos prontos que vendem em pote no supermercado, só que sem sal, sem aditivos, sem conservantes e aquelas coisas que dão um cheiro horrível no alho refogado industrializado (já sentiram? odeio.).

E é um avanço de vida ter esses potinhos prontos para cozinhar! De nada.

Alho e cebola picadinhos e prontos para usar

Foto de capa: freepik.es

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