Eu viajo para comer e vocês já sabem disso.
A minha última viagem gastronômica foi para Londres, no mês passado, e, agora, com mais tempo para escrever com calma, vou começar a colocar algumas dicas e endereços que descobrimos durante três semanas de London Calling. Todo domingo (espero) vai ter um post novo para vocês com dicas de onde comer bem.
Vem comigo!
Eu ainda não esgotei tudo o que eu posso postar para vocês sobre Londres, e eu só posso te dar uma desculpa não esfarrapada: preguiça. Claro que tivemos dois posts sobre Mendoza no meio do caminho (sobre comidas e bebidas), mas a preguiça é a causa verdadeira.

Este chá da tarde de hoje eu tinha planejado publicar depois de outras coisas, já que aconteceu no último dia da nossa viagem, mas eu fiquei com medo de esquecer ou ficar com preguiça de novo, e resolvi garantir.
Antes de viajar para Londres, fiquei sabendo que existia um chá da tarde com o tema “A Bela e a Fera”. Todas as reportagens sobre o assunto diziam que ele já estava lotado para todo o ano de 2017. Fiquei devastada, já que esse é o meu desenho preferido e um chá da tarde com o tema deveria ser simplesmente perfeito.
Mas a gente é brasileiro e não desiste nunca, certo? E eu continuei entrando no site do hotel toda semana. Até que um dia, a menos de um mês de viajar, eu consegui! E não foi para qualquer dia, amores, foi para o dia 8 de setembro, meu aniversário. Parecia destino de conto de fadas!
O chá se chama “Tale as old as time”, nome da musica mais linda do filme, e quem sabe a mais linda da Disney. Custava a “bagatela” de 35 libras sem álcool e 45 libras com uma taça de champanhe e, como eu disse, não é fácil de reservar, mas é possível. Entrei no site do hotel The Town House agora e vi que já está todo esgotado para 2018 também, mas há desistências e vai que o milagre de conto de fadas cai no seu colo também. (O preço aumentou, agora custa 38,50 libras sem álcool e 50 libras com champanhe.)

O dia chegou e eu e minha mãe resolvemos sair mais cedo da aula, mesmo sendo o último dia e tendo um brunch da turma nesse dia, porque eu simplesmente não podia atrasar. Seguimos para a região de Kensington, cheia de casinhas lindas e hotéis super chiques debaixo de uma chuva torrencial. Acho que foi a única chuva realmente forte que pegamos em toda a viagem. Ou seja: chegamos no lobby daquele hotel super fino igual cachorro molhado. E o pior: super adiantadas. Coisa de mais de uma hora. Não inspiramos muita confiança para uma mudança de horário com aquelas roupas ensopadas, certo?
Levaram a gente para um lobby do próprio hotel, onde pedimos um café pra esperar o nosso horário e aproveitamos o banheiro para dar uma melhorada no visual até lá. Infelizmente os britânicos não só foram super britânicos com o horário, como acabaram passando disso, e abrasileirando. Quer dizer: não só não pudemos entrar antes, como ainda esperamos quase meia hora depois do nosso horário.
Mas enfim fomos chamados.

Era meu aniversário, por isso aproveitei para pedir o chá completo, com uma taça de espumante.

Toda a decoração da mesa era baseada no filme. Tinha o candelabro de LED do Lumière, a flor e até o Zip com o doce cinza (lembram da música? “Try the grey stuff, it’s delicious!”). Parece que o dono do hotel decidiu turbinar o chá da tarde e se diferenciar de todos aqueles trocentos que Londres te oferece, visitou as lojas da Disney e fez a festa!
Os garçons eram super bem treinados e falavam (em um inglês britânico super rápido, para iniciados!) todo o menu com frases tiradas do filme, muito divertido para quem tinha acabado de ver aquela versão lindíssima da Emma Watson para relembrar os dias de infância.
Foi melhor que o da Fortnum & Mason? Não. A comida era boa, mas não era maravilhosa. Os doces eram lindos, mas também não foram os melhores no gosto. Mas valeu super a pena pela experiência. Me senti com 9 anos justamente nos dia em que eu me despedia (duramente, com muito muito custo, nem acredito que sobrevivi) dos 29.

Mamãe e eu acabamos completando aquela experiência com mais duas taças de espumante pra cada (todas contadas individualmente, claro, e com aquele câmbio “maravilhoso” da libra que arranca o seu rim), e ainda assim valeu cada centavo.
Quer ver mais algumas fotos desse dia incrível?




Acho que é para experiências assim que a gente viaja, gente, para viver um dia fora da sua própria vida, nem que seja para se sentir dentro de um desenho animado.
Vou terminar o post com a cena que inspirou esse chá da tarde e que inspira grande parte dessa minha “gula” até hoje.
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