Já estava esperando nachos? Fajitas? Burritos? Fácil demais. Nossa representante do México são as gorditas! Mas antes, vai lá ver quem já passou por aqui!
No dia em que os alemães foram eliminados, nós “jantamos” a Alemanha. Quando os mexicanos disseram adeus (para a nossa sorte), jantamos o México! Parece que as escolhas do Copa na Cozinha têm dado sorte!
Por algum motivo que a gente não conseguiu entender até agora, não se encontra gorditas nos restaurantes mexicanos no Brasil. Por isso, a única gordita que eu me lembrava (fora minha barriga depois da feijoada de domingo) era a música da Shakira. Mas esse lanche é super tradicional e é vendido em barraquinhas e “food trucks” da vida.
Já estávamos com medo antes de começar, já que a intenção é fazer uma massa que não vai se desfazer na frigideira e que vai abrir igual um travesseiro. Como eu já falei antes, a gente não tem muita experiência com frituras aqui em casa. Mas, olhando para trás, já fizemos um monte de comida que a gente achou que ia dar muito errado durante essa Copa do Mundo – não custava tentar.
A inspiração
A nossa primeira inspiração foi esse vídeo abaixo:
Mas a nossa primeira gordita não abriu igual um travesseiro, por isso, fui atrás de outros vídeos e descobri que existe mais de um jeito de fazer. Esse outro vídeo mostra a gordita sendo feita em uma chapa, em vez de frita, e ela fica bem mais “baixinha”. Portanto, se as suas gorditas não abrirem, não priemos cânico, elas não estão “erradas”.
Léo Neves é jornalista, viciado em esportes e comilão
Toque do Léo:
Até meados dos anos 90 o México reinou absoluto em sua conferência (CONCACAF), que foi a época em que o “soccer” começou a despertar interesse dos norte americanos que resolveram investir no desenvolvimento deste esporte por lá. Mas a história do futebol da terra dos Mariachis começou no inicio do século XX, quando grupos de imigrantes de uma mineradora inglesa e também exilados da Guerra Civil Espanhola começaram a praticar o esporte e formaram a primeira seleção do país.
El Tri (de tricolores) se inspirou por muitos anos na seleção que mais encheu os olhos do mundo, e que os mexicanos tiveram a honra de olhar de pertinho, o Brasil de 70 de Pelé, ano em que o México sediou o mundial, assim como em 86, que presenciou Maradona (e sua mão de Deus) ganhar a Copa pra Argentina. Isso levou a um grande intercâmbio de jogadores e técnicos dos dois países em solo mexicano. O país acaba de ser escolhido para sediar (junto com Canada e Estados Unidos) também a edição de 2026 do mundial.
A maior conquista dos mexicanos no futebol foi em cima do Brasil de Neymar, em 2012, quando levaram a medalha de ouro olímpica, em uma final emocionante no mítico estádio de Wembley, em Londres.
Os clubes mexicanos tem muita tradição, já chegaram a disputar a Libertadores.
O maior clássico do país é disputado por América (da Cidade do México) e o Chivas (de Guadalajara), clube aliás que permite somente mexicanos em seu plantel. Mas infelizmente a instabilidade nas posições da federação, e mais recentemente da Liga MX, atrapalham o desenvolvimento maior. São seguidas mudanças no modo de disputa do campeonato nacional. A última é que não haverá mais rebaixamento e se alguém da segunda divisão quiser ascender a primeira terá que desembolsar uma bela quantidade de milhões de dólares.
Assim como todo o mercado latino americano, os mexicanos são alvos do mercado europeu, que busscam os jovens talentos cada vez mais cedo. O destino mais comum está sendo Portugal, que depois revende esses jogadores para centros mais importantes no continente.
Ingredientes
2 xícaras de farinha de milho (usamos milharina)
1/4 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento químico
1 colher de chá de sal
1 e 1/2 xícaras de água
óleo vegetal para fritar
o recheio de sua preferência
Bolinhas esperando virarem gorditas!
Como fazer
Misture as farinhas, o fermento e o sal até ficar bem misturado. Adicione a água aos poucos, mexendo até virar uma massa. Se ficar muito aguado, coloque mais milharina. Se ficar muito duro, coloque um pouco mais de água.
A ideia é formar uma massa homogênea, mas sem drama, ela é meio esfarelenta mesmo. Ajuda se mantiver as mãos úmidas.
Forme bolinhas com a massa. Quanto mais você manipular a massa, melhor fica de mexer. Lembrando de deixar a mão úmida.
Esquente o óleo na frigideira antes de começar.
Achatadinha para começar a fritar
Achate as bolinhas até elas ficaram um pouco mais grossas que uma tortilla. Mas não pode ser fino demais, tipo um pão árabe, senão ela vai se desmontar.
Leve a gordita ao óleo quente e com a ajuda de uma colher, cubra a gordita com óleo quente o tempo todo. É esse movimento de ficar jogando óleo quente por cima que faz com que ela infle como um travesseiro.
Depois é só tirar e deixar escorrendo no papel toalha.
Para rechear, usamos frango desfiado bem temperadinho com pimenta, cream cheese e feijão refrito (aquele feijão mexicano, que já vem temperadinho dentro de uma lata).
Fritando e inflando!
O resultado
Eu tinha ficado um pouco decepcionada com a minha primeira tentativa, com a gordita que ficou magrita. Mas depois que o Léo entendeu qual era o esquema, nós ficamos bem mais aliviados. As gorditas são super gostosas e lembra aquele salgadinho de milho da infância (você sabe o nome, né). Fica bem crocante. Cadê os restaurantes tex-mex fazendo isso para a gente, Brasil!?
Valeu, México, bem legal jantar vocês nas oitavas. Quer dizer… 😉
Você já provou as gorditas? Conta aqui nos comentários!
E veja a lista completa dos países que já passaram por aqui.