Na primeira semana depois que eu voltei de férias, tentei logo fazer a primeira leva de macarons, aproveitando que eu trouxe um quilo de farinha de amêndoas compradas no G. Detou, no Les Halles. Eu sabia que seria difícil, já que já li posts de blogs ótimos dizendo que se deram mal várias vezes até conseguir fazer um macaron virar macaron!
Aparentemente, eles têm vida própria e, não importa o quão certinha você seja com a receita, no fim, quem decide como vão sair os macarons são eles próprios! Ok, talvez não. Mas vamos adicionar o fato de o meu forno ser tudo menos um industrial como aquele do Atelier des Chefs e a minha batedeira não ser uma Kitchen Aid e eu ter feito a primeira tentativa em um dia de chuva com a farinha úmida. Se você somar ao fato de a gente nunca ter feito antes e não saber o ponto certo, dá para entender porque deu completamente errado.
Macarons, Take one:
#fail total! E a gente tinha tanta esperança que desse certo! Acabou que a primeira tentativa saiu assim:
Virou tudo menos um macaron! Grudou no fundo, ficou grande demais, rachou todo, ficou oco, e tudo mais o que você conseguir imaginar. Ainda assim, os mais desesperados aqui em casa comeram raspando com uma colher – deprimente, né? pois é, eu participei disso.
Outra coisa: comprei na França um exopat, um silpat, um tapete de cozinha, um tapis de cuisson, enfim, como quiserem. Descobri que isso existia neste blog, logo antes de viajar, e resolvi trazer um para testar. Como só tenho um, as outras formas foram feitas em papel manteiga, e, apesar de toda a primeira tentativa ter dado errado, já dava para perceber que o exopat fazia toda a diferença. Ele é um tapetinho feito de fibra de vidro e silicone e que serve para fazer de tudo! As comidas desgrudam muito mais fácil dele do que do papel manteiga – e agora eu estou desesperadamente tentando encontrar outro não muito caro por aqui.
No dia seguinte resolvemos tentar de novo! Diminuímos bastante a receita para ver se dava só duas formas (já que a receita inteira deu sete formas!) e ignnoramos o corante – se ele não virava macaron, para quê fazer besteira colorida?
Macarons – Take two:
Outras mudanças no take two: deixamos a farinha peneirada secando no sol durante o dia, batemos bem mais as claras antes de adicionar o açúcar, deixamos a massa menos mole que a primeira e não abrimos o forno “por nada nesse mundo”, só quando ficou pronto. Não sei o que foi crucial, só sei que deu certo!
Ou quase certo. (mas olha que gracinhas!) A fornada no exopat, que ficou na prateleira de cima, ficou linda! A outra, em papel manteiga e na prateleira debaixo ficou feiosa e rachou – ponto pro exopat. Mas ambos viraram macaron. Ainda não sei se precisamos fazer em exopat as duas ou deixar as duas na prateleira de cima, vamos dar uma de Julia Child fazendo mais experiências até a farinha acabar (e olha que essa farinha é cara pra caramba neste país! ¬¬).
O recheio foi um ganache de chocolate branco, que se faz misturando 100g de chocolate branco com 50ml de creme de leite fresco e umas gotinhas de baunilha mexendo bem no fogo baixo. Depois é só deixar gelar um pouco e rechear os macarons. Confesso que ficou com gosto de mingau de maisena, mas ficou bom!
Dessa vez não precisamos fazer a dança da chuva, nem chamar um xamã, nem rezar para os deuses franceses do macarons, eles simplesmente deram certo, e na segunda tentativa! Me arrependi um pouco de não ter comprado dois exopats, mas vou encontrar um por aqui para conseguir fazer duas fornadas bonitinhas, pelo menos. Sei que eles não são essenciais, já que no curso eu fiz todos com papel manteiga, mas, por algum motivo, o meu forno gostou bem mais deles!
A Receita:
2 claras (ou 60g de claras)
40g de açúcar
100g de açúcar de confeiteiro
70g de farinha de amêndoas
Todos os ingredientes secos devem ser peneirados e estar bem secos. Bata bem as claras em neve. Adicione os 40g de açúcar normal e continue batendo. Junte em outro pote, o açúcar de confeiteiro e a farinha peneiradas juntas. Adicione essa mistura às claras em neve delicadamente. Misture essa massa até ficar “no ponto”, o que é o mais difícil de acertar. Não pode estar muito líquida, mas precisa passar pelo bico de confeiteiro, para onde ela vai depois. Faça bolinhas na forma separadas para não grudar. Coloque no forno pré-aquecido em 170 graus. Não abra! Deixe no forno por aproximadamente 10 minutos e espere esfriar antes de tirar os macarons da forma!
Deliciosos; impossivel comer só uns trinta.
bjs
papai
Nhaaam!! Já sei o que quero de presente no aniversário do ano que vem!!
Acho que eu merecia uma menção honrosa nesse post. Eu sofri muito… Também tive boas idéias, como colocar a farinha pra secar no sol. Mas sinceramente, ainda não vejo solução para a loteria que é fazer Macarons.
@Marcia: Mas você é o “amos” e “emos” de todos esses verbos no plural! =)
Como assim eu não comentei aqui?? Fiquei passada! rs
Amiga como já te disse pelo twitter isso é maldade!! Eu AMO macarons!! Tô louca pra aprender a fazer direitinho, mas vamos combinar que a silpat a 150 reais (no barato) não tá ajudando! rsrs
Beijos, parabéns pelo post e pelos macarons lindinhos!
=*
Obrigado.. MEU ESPÍRITO GORDO acabou de ser ativado e a única coisa DOCE E BOA q tenho em casa é um pote de sorvete!!! Kilos a mais pra mim!!! PONTO NEGATIVO pra vc!
Espero q tudo dê errado daqui pra frente! kkkkk
By the way: esta receita entrou na minha lista “recipes I dare not try” pq com coisas mais simples no blog JA ME EMBANANEI! kkk
=D
Perfeitos!!
COm duas semanas de atraso, =/… mas perfeitos!
Vou fazer depois que achar este tapete para forno, nem me arrisco no papel manteiga 😉
Abs
Le Mec
Olá.
estou na saga do macaron há mt, mt tempo…. me animei novamente ao ler este post. Vou fazer a receita q vc postou, e quem sabe tb acharei este tapete.
Se tiver mais alguma dica q ache essencial e que não pois acima, por favor, me diga!
parabéns pelos macarons!!!!!!!!!!!!!!!!!