Essa é uma das muitas receitas que eu sempre quis testar e sempre bateu um medinho. A cheesecake japonesa é a mais fofinha, mais aerada e mais… difícil? Antes de pousar no Japão, clica aqui para ver todos os países por onde a gente já passou nesse Copa na Cozinha.
Essa receita tem vários nomes. Você pode encontrar como cheesecake japonesa, cheesecake nuvem, cheesecake algodão ou jiggly fluffy, que eu achei o nome mais fofinho de todos (não confundir com jigglypuff). A principal diferença dessa receita para a americana é a consistência. Enquanto a americana tem uma camada de biscoito, seguida por uma camada bem densa de cream cheese e uma cobertura, a cheesecake japonesa não tem base e é toda feita de uma mistura aerada de ovos e cream cheese.
Por acaso, as minhas duas sobremesas preferidas da vida (cheesecake e tiramisù) são feitas com queijo, por isso, a chance de me apaixonar por essa receita era enorme. Talvez por isso mesmo eu tenha adiado por tanto tempo, sempre tive medo de estragar tudo. E olha que nem fui eu que escolhi fazer a Jiggly Fluffy para representar o Japão, essa receita já estava escolhida pelo Léo quando eu entrei na brincadeira. Então era hora de vencer meus medos.
A inspiração
Como musa inspiradora, eu escolhi a Raíza Costa, aquela apresentadora divertidíssima do Dulce Delight. Eu já testei uma receita dela de cookie e funcionou perfeitamente, por isso achei que ela ia explicar bem como fazer esse bolinho tão diferentão.
Léo Neves é jornalista, viciado em esportes e comilão
Toque do Léo
A nível mundial definimos o futebol no Japão em AZ/DZ (Antes de Zico e Depois de Zico). Ok, ele não foi o único – uma legião de brasileiros que foram para lá no início dos anos 90 ajudou os nipônicos a saírem do amadorismo e se profissionalizarem. Mas sem dúvida o maior nome para essa mudança, no modo de se jogar futebol e na cultura boleira foi “culpa” do Galinho. Até mesmo a criação da J-League tem o dedo de Zico, que depois que pendurou as chuteiras se tornou um dos diretores do Kashima Antlers. Também foi treinador dos Samurais Azuis de 2002 a 2006, onde modernizou o padrão de jogo aproveitando a qualidade natural de seus comandados na questão de obediência tática.
Se antes os japoneses eram subestimados pela fragilidade do jogo que desempenhavam, hoje, são mais, digamos, atrevidos em sua postura de jogo. O Japão nunca passou das oitavas em Copa, mas ostenta 4 títulos asiáticos sendo o maior vencedor do continente. Jogadores como Honda e Kagawa, assim como outros, conseguiram brilhar no disputado mercado europeu. Já os clubes tiveram um protagonismo maior, mas nos últimos anos vêm perdendo espaço para China e Coreia, que têm maiores investimentos para trazer grandes jogadores.
Ingredientes
300g de cream cheese (2 pacotes)
60g de manteiga + manteiga para untar a forma
200g de creme de leite fresco
6 ovos
60g +100g de açúcar
80g de farinha de trigo
1 limão siciliano (raspas e suco)
baunilha
Como fazer
Antes de começar, a Raíza fala para cobrir o fundo de uma forma refratária redonda com papel manteiga. Unte a forma inteira, incluindo o papel manteiga e todas as bordas. (Eu fiz isso bonitinho, mas não gostei – como nunca gosto – de ter usado o papel manteiga, acabou saindo papel em um monte de pedaço. Da próxima vez vou testar sem)
Pré-aqueça o forno em fogo baixo.
Agora sim, vamos começar. Em banho maria, derreta o cream cheese e a manteiga. Misture.
Adicione os 60g de açúcar, o creme de leite fresco e as 6 gemas. Misture.
Peneire a farinha dentro dessa mistura e misture devagar Adicione a baunilha.
Em seguida, passe a própria mistura por uma peneira, para dentro de outra tigela maior.
Agora é hora de usar a batedeira. Bata as claras e, quando começar a espumar, adicione os 100g de açúcar aos poucos até ficar em neve.
Misture essas duas tigelas (massa e ovos) delicadamente, para não destruir a “neve”.
Jogue a mistura na forma, mas lembre-se de que o bolo vai crescer, por isso não encha. (Se a sua forma for muito pequena, sugiro pegar outra e fazer dois bolos)
Leve ao forno baixo (160ºC). No meu forno, que é fracote mesmo, demorou mais de 1h30. Não abra o forno para não dar choque térmico no bolo e deixe ele esfriar lá dentro mesmo, com o forno semi aberto.
O resultado
Gente, deu certo! Fiquei emocionada de ver que essa receita que tinha tanto para dar errado, deu tão certo. Achei que ia murchar, que ia solar, que ia acontecer qualquer coisa errada no meio do caminho, mesmo seguindo a receita. Isso porque eu costumo ser muito melhor com receitas salgadas do que doces, então sempre assumo o pior. Mas pode ir na fé, pessoal, vai dar tudo certo! Não cresceu tanto quanto algumas receitas que eu vi por aí, mas pode ter a ver com o forno que eu não pré-aqueci ou os ovos, que não eram tão frescos, ou um monte de outras coisas, mas no fim cresceu o suficiente.
E os japoneses sabem mesmo das coisas. Eu amo as cheesecakes americanas, mas a versão japonesa é muito leve e dá vontade de comer umas 4 fatias de uma vez! O limão com o açúcar da cobertura ficaram maravilhosos juntos e a quantidade de açúcar da receita é ideal, não precisa tirar nem por. Fato que vai ser uma receita que eu vou incluir no meu repertório, da próxima vez sem medo de dar tudo errado!
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O aspecto (pelo menos em foto) lembra o do Käsekuchen, o cheesecake alemão. Quando acabar sua saga futebolística, procura uma receita pra ver se não se parecem. Normalmente servem com uma calda de frutas, mas às vezes nem precisa…
Joguei no Google agora, Marcela! Mas pelo que eu vi, a alemã tem uma casquinha embaixo e é mais “durinha”, mais parecida com a cheesecake normal. Essa não tem casquinha e tem consistência de clara em neve, sabe? Beeeeem aerada mesmo, parece mais um suflê. Mas bom saber que tem mais uma opção de cheesecake na vida, que eu amo!!
O aspecto (pelo menos em foto) lembra o do Käsekuchen, o cheesecake alemão. Quando acabar sua saga futebolística, procura uma receita pra ver se não se parecem. Normalmente servem com uma calda de frutas, mas às vezes nem precisa…
Joguei no Google agora, Marcela! Mas pelo que eu vi, a alemã tem uma casquinha embaixo e é mais “durinha”, mais parecida com a cheesecake normal. Essa não tem casquinha e tem consistência de clara em neve, sabe? Beeeeem aerada mesmo, parece mais um suflê. Mas bom saber que tem mais uma opção de cheesecake na vida, que eu amo!!
Perfeito! Vou fazer e depois conto.